terça-feira, 14 de junho de 2016

Como evitar Cornetas Queimando

Cornetas queimando: Como evitar


Muito comum ocorrer em diversas aplicações de som, seja som automotivo ou som profissional, é algo que pode custar caro se não forem tomados os cuidados para que situações como essa não se repitam com frequência.

Os reparos de drivers em geral, tem uma vída útil relativamente curta, isto é, se utilizados dentro das especificações duram cerca de 5 vezes menos que um alto-falante comum.

Devido a grande fragilidade, o uso de frequências inadequalidas é o maior vilão sendo responsável pela maioria dos danos em reparos, para evitar isso o uso de um filtro (capacitor ou crossover) é indispensável para garantir a durabilidade e qualidade do som emitido pelos reparos, essa regra se aplica também à reparo de tweeters, porém por falta de informação e a grande variedade de capacitores que instaladores indicam o problema é mais comum em drivers.

Já vi instalador usando capacitor de 100 v por 47 uf e dizendo que usa esse porque faz o driver "falar mais", isto passa para o driver uma frequência muito baixa, que força-o a excurcionar o reparo além do que ele foi projetado, se quer uma frequência mais encorpada utilize drivers maiores de 2" e coloque também alto-falantes para médio-grave com o corte de 100 até 5 khz e terá muita qualidade e sem ficar torrando dinheiro com reparos.

CAPACITORES RECOMENDADOS PARA DRIVERS:

250V x 4,7 uf PS é 4,7 (um pouco mais que o do tweeter) e não 47 como é utilizado em muitos casos;
250V x 22 uf (deve ser usado em aplificadores menos potentes, pois esta frequência já pode danificar os drivers).

Como Ligar Capacitor no Tweeter

Muito comum de ser encontrado em série com o Tweeter encontramos um capacitor. O Tweeter é um transdutor eletro-acústico, ou seja, ele converte a energia elétrica em acústica. Ele possui a capacidade de reproduzir bem somente as altas frequências, ou seja, os sons agudos. Quanto maior a frequência menor é o tamanho físico da onda sonora, por isso o tweeter pode ter dimensões pequenas.

Tweeter

Tweeter
O capacitor tem um comportamento em corrente alternada que é descrito através da Reatância Capacitiva. Traduzindo em miúdos, é uma medida que relaciona o quanto o capacitor pode ser opor ou não à passagem da corrente alternada. O capacitor em um circuito de corrente alternada permite a passagem da corrente desse tipo. Porém ele só permite que se passem as altas frequências. O quanto ele vai permitir passar, se mais ou menos, está diretamente ligado ao valor do capacitor. Essa relação de frequência e valor do capacitor é que é chamada de reatância capacitiva.
Obs: O valor do capacitor é expresso em Farads. Como trata-se de uma unidade muito grande fazemos o uso de seus submúltiplos – O microfarad, o nanofarad e o picofarad.

Capacitor de poliéster de 2,2uF x 250 Volts

Capacitor de poliéster de 2,2uF x 250 Volts
Então resumindo, o papel do capacitor no tweeter é permitir a passagem somente dos sons agudos. Os sons graves no tweeter além de não conseguirem ser reproduzidos por este ainda causam aquecimento em sua bobina levando-o à queima prematura.
Veja abaixo como deve ser ligado o capacitor ao tweeter.
Ligação do capacitor despolarizado ao tweeter

Ligação do capacitor despolarizado ao tweeter
Veja a representação do diagrama dessa ligação. Não importa se o capacitor será ligado no positivo ou negativo do alto-falante. Mas por convenção é comum ver o mesmo ligado no positivo.

Tweeter já com o capacitor ligado em série

Tweeter já com o capacitor ligado em série
Dica: Como experiência tente trocar o valor do capacitor e verá, ou melhor, sentirá que o som irá sofrer modificações.
O capacitor que deve ser usado nessa ligação é do tipo despolarizado, ou seja, um capacitor sem
polaridade. Podemos usar então capacitores de poliéster, pois eles não tem polaridade. Caso seja feito o uso de capacitores eletrolíticos, há necessidade de comprar os mesmos já despolarizados (um pouco mais difícil de encontrar, mas acha). É claro que pode-se “despolarizar capacitores eletrolíticos” através da ligação abaixo. Com essa ligação o resultado deve ser visto como somente 1 capacitor despolarizado.

Despolarizando um capacitor eletrolítico
Despolarizando um capacitor eletrolítico
A tensão de trabalho dos capacitores usados deve ser alta para suportar até mais que os picos de tensão encontrados na saída do amplificador. Nesse caso, pode-se exagerar sem medos na tensão de trabalho. Ou seja, pode colocar um capacitor com tensão de trabalho de 100 Volts ou até mais em um amplificador automotivo (12 Volts).
Veja na experiência abaixo o que acontece com o som quando ligamos um capacitor em um alto-falante e depois quando retiramos esse capacitor.
Quando o capacitor está ligado o som é mais agudo, pois nesse caso somente os agudos estão passando. Quando não há capacitor todas as frequências são entregues ao alto-falante e este reproduz as que estão dentro da sua faixa. O uso do capacitor nesse circuito é também chamado de “filtro passa-altas”, por nesse caso só permitir passar as altas frequências.

Obs: antigamente o capacitor era chamado de condensador. Há muitos anos isso é errado. Porque na verdade ele não condensa nada. O capacitor é um repositório de cargas.

sábado, 11 de junho de 2016

Influência da impedância do alto-falante na potência do amplificador

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A maneira como utilizamos os alto-falantes pode implicar em ganhos ou perdas de potência de um amplificador. Um ganho de potência pode ser conseguido através de um baixo valor de impedância. Para que possamos explicar melhor o que ocorre, vamos verificar este exemplo, onde temos os seguintes equipamentos:
1 alto-falante com impedância de 2 ohms
1 alto-falante com impedância de 4 ohms
1 alto-falante com impedância de 8 ohms
1 Amplificador de um canal com potência de 100 Wrms em 4 Ohms
Para analisarmos as diferentes formas em que o amplificador irá trabalhar, utilizaremos as seguintes fórmulas:
P = T ² / Z          P = T x I          P = I ² x Z
P = Potência (Watts)
T = Tensão (Volts)
I = Corrente (Amperes)
Z = Impedância (Ohms)
Primeiramente devemos calcular o valor da tensão de saída deste amplificador, para que possamos verificar os diferentes valores de potência apresentados pelo amplificador de acordo com a impedância que teremos na saída.

O fabricante deste amplificador nos fornece a informação de que teremos 100 Wrms quando utilizarmos uma impedância de 4 ohms na saída. Jogando estes dados na primeira fórmula teremos:
100 = T ² / 4
T ² = 100 x 4 = 400
T = 20 Volts
Como o valor da tensão de saída do amplificador é constante e já o temos calculado, podemos encontrar os diferentes valores de potência para cada valor de impedância:
Para o alto falante com impedância de 4 Ohms
P= (20x20) / 4 = 400/4 = 100 Wrms
Para o alto falante com impedância de 2 Ohms
P= (20x20) / 2 = 400/2 = 200 Wrms
Para o alto falante com impedância de 8 Ohms
P= (20x20) / 8 = 400/8 = 50 Wrms
Com isso, podemos chegar à conclusão de que a medida que diminuímos a impedância, automaticamente o amplificador aumenta sua potência.

Por outro lado existe um limite, que é exatamente o ponto em que se pode ocasionar a queima de um amplificador. Isso ocorre porquê ao diminuirmos a impedância fazemos com que o amplificador forneça o máximo de potência, resultando em altos valores de corrente na saída do amplificador.

Para utilizarmos corretamente o equipamento a dica é conferir sempre a impedância mínima de saída do amplificador (bridge e estéreo) e a impedância de cada alto-falante, evitando assim futuros problemas.


fonte: www.bravox.com.br

Alto-falantes mais potentes que o amplificador: CUIDADO!




Usar alto-falantes com potência muito superior à dos amplificadores não é apenas desperdício de dinheiro e alto risco de queima por excesso de distorção. É também um sério risco para a durabilidade e desempenho dos amplificadores.

Embora já esteja bem claro que falantes precisam de amps com boa sobra de potência, alguns usuários insistem em fazer justamente o contrário, usando falantes de alta potência com amps de potência muito baixa. Exemplo: 2 falantes e 600 watts RMS ligados a um amp de 1.000 watts RMS em 4 ohms. Ou 8 falantes de 800 watts ligados à um amp de apenas 5.000 watts em 2 ohms.

Teoricamente, o único problema mais óbvio desta prática seria o risco de queima dos falantes por excesso de distorção e a obtenção de um baixo desempenho sonoro do sistema, mas não é só isso! Utilizar falantes muito mais potentes que o amplificador pode causar também problemas de impedância e, consequentemente, superaquecimento de qualquer amp.

E por quê isso ocorre? Projetos tanto de amps quanto de alto-falantes levam em consideração a temperatura ideal de trabalho. E o que poderá surpreender alguns, é que esta temperatura ideal de trabalho é bem alta! E precisa ser alta, pois é da diferença entre a temperatura interna de operação do equipamento e a temperatura do ambiente em que vivemos, que se consegue o maior resultado de eficiência global de um sistema (isso é explicado em detalhes pela segunda lei da termodinâmica).

Com isso, a evolução da técnica dos alto-falantes tem se valido cada vez mais deste quesito para sua refrigeração e controle da impedância dos mesmos e, paralelamente, explica na prática porque não devemos ligar alto-falantes de grande potência em amps de baixa potência.

Se o falante possui então uma faixa de temperatura ideal de funcionamento que permita que ele atinja a impedância mais próxima de sua especificação, cabe ao amplificador proporcionar isso.

Somente um amp de alta potencia e utilizado em regime adequado à potência do falante e do sistema, é capaz de manter um falante em sua temperatura ideal de funcionamento, onde sua impedância média atenderá às normas não sobrecarregando o amplificador.

Quando ligamos um amp de menor potência em alto-falantes de grande potência, este falante trabalhará consequentemente em uma temperatura muito baixa e apresentará uma impedância média que chega tipicamente perto dos 5 ohms. Baixíssima! Como conseqüência, o amp se protegerá desta situação acionando seus sistemas de proteção e superaquecendo-se. E, como se não bastasse, o circuito de proteção pode gerar grandes distorções na saída do mesmo danificando o falante com movimentos não lineares.

Quando, ao contrário, colocarmos um falante de menor potência ligado a um amplificador com potência de sobra adequada, primeiro ele atingirá sua temperatura ideal de trabalho sem agredir o amplificador e, segundo, por ser um falante mais leve será mais eficiente, recompensando o sistema com menor custo e maior durabilidade geral.

Portanto, utilizar falantes de alta potência em amps de baixa potência, é certamente a causa prática de grande parte dos problemas de desempenho e durabilidade de um sistema, em vários ambitos diferentes. Tanto no momento em que o amp é exigido em seu limite (gerando distorção e queima dos falantes), quanto nos momentos em que ele está, aparentemente, trabalhando com folga (gerando baixas impedâncias e superaquecimento do amplificador).

É notório que certos fenômenos práticos podem colocar por terra mesmo as mais complexas teorias. E é aí que muita gente, mesmo as mais bem informadas, cometem equivocos enormes e geram problemas aparentemente sem explicação ou solução em seus sistemas. O áudio é um grande exemplo de que o que dá certo na teoria nem sempre dá certo na prática.

Por este motivo, alguns fenômenos como este que acabamos de descrever tem surgido comummente em sistemas e vem sendo mal contornados ou mal compreendidos. E muitos nem se dão conta que estão experimentando este tipo de problema.

Fiquem atentos e sempre dimensionem corretamente a relação de potência entre falantes e amps! Só assim um sistema se torna eficiente e lucrativo. Só assim o dinheiro investido em equipamentos retornará para seus bolsos.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Qual Capacitor Usar em Driver e Super Tweeter


Qual Capacitor Usar? Driver | Super Tweeter


capacitor som automotivo qual usarRealizar a regulagem correta do seu sistema é ideal para tirar melhor rendimento do sistema e evitar a queima de alto falantes.
Os capacitores são uma forma barata de realizar o corte de frequência em seu sistema de som automotivo. 
Podem ser utilizados para “cortar” as frequências mais graves (“tirar o grave”) em alto falantes que não as reproduzem muito bem, como um Mid Range, Mid Bass, Triaxial, Driver e Super Tweeter.
Algumas informações e dicas importantes antes de instalar o capacitor:
  • Você tem que instalá-lo no fio/pólo positivo do alto falante
  • Existem os capacitores polarizados e os despolarizados.
    O polarizado:
    tem que ligar em série com o fio, ou seja, a parte negativa tem que estar em contato ou em direção com o fio, e a positiva tem que estar ligada ou em direção do pólo positivo do alto falante ( o pólo negativo tem a “perna” menor e do lado dele tem uma faixa em branco com a marcação de um “-“);
    O despolarizado: pode ligar de qualquer maneira pois não possui polaridade.
  • São identificados por duas gradezas da física, volts e Farad.
    Volts: Quanto maior a “voltagem” mais rms ele consegue trabalhar. Ex: 250v suporta em torno de 200w rms e 100v suporta em torno de 70w rms.
    Farad (µF): Quanto maior o valor, menor é a frequência de corte. Ex: 22µF corta em torno de 1000hz e 3µF corta em torno de 6000hz (em 8 ohms)